segunda-feira, 15 de abril de 2013

Estudo de franceses sugere abolir o sutiã


Estudo de franceses sugere abolir o sutiã
Seios ficam mais firmes sem a peça, diz pesquisa

Um novo estudo francês, publicado no dia 4 de abril, quarta-feira, sugere que algumas mulheres, principalmente as mais jovens, deixem de usar sutiã no dia a dia. O professor Jean-Denis Rouillon, do Centro Hospitalar Universitário de Besançon e especialista em medicina esportiva, disse à CBS News que o uso da peça pode aumentar a flacidez nos seios.
Em entrevista o professor disse que “Nossos primeiros resultados confirmam a hipótese de que o sutiã é uma falsa necessidade. Clinicamente, fisiologicamente e anatomicamente, o seio não se beneficia ao ser privado de gravidade. Ao contrário, ele definha com o uso do sutiã”, explicou.
O estudo durou 15 anos e envolveu 130 voluntárias com idades entre 18 e 35 anos. Para comprovar os resultados, os pesquisadores mediram os seios das mulheres e gravaram todas as alterações ao longo da pesquisa.
As 130 pessoas que aboliram o sutiã durante o estudo tiveram muitos benefícios: os seios ficaram mais firmes, elas não sentiram dores nas costas, e as estrias ficaram mais finas.
Com o uso da peça, acredita-se que o crescimento do tecido mamário foi prejudicado, além da deterioração dos músculos que sustentam os seios. Mas Rouillon alerta para o fato de que a pesquisa ainda é inicial e precisa de novos experimentos. Por isso, não é aconselhável que qualquer mulher deixe de usar o acessório. E complementou: “Seria perigoso aconselhar que todas as mulheres parem de usar sutiã. As participantes da pesquisa ainda não são uma parcela representativa da população”. (Fonte: MeiaHora)
Mas, o que é o sutiã?
 O sutiã ou soutien (do francês soutien: suporte), é um tipo de roupa usados por mulheres e servem para a proteção e sustentação das mamas.
Há 100 anos Mary Phelps Jacob patenteava nos Estados Unidos o sutiã. A invenção tinha o objetivo de acomodar o seio, possibilitando moldá-lo, diminui-lo, escondê-lo ou exibi-lo. Transformou a coadjuvante roupa de baixo em protagonista do figurino da mulher com lingeries sensuais. Antes escondido, hoje é usado até como roupa de cima. Porém, no dia 17 de Julho de 2012 o Departamento de Arqueologia da Universidade de Innsbruck na Austria, descobriram a peça íntima nos porões de um castelo da região austríaca de Lengberg. A descoberta entra para a história segundo Hilary Davidson, do Museu de Londres, que afirmou a descoberta com o poder de "reescreve totalmente" a história da moda.
Esta peça de roupa tornou-se um aliado na busca da beleza, do conforto e da sedução.
Tudo começou com um gesto de rebeldia. Jovem nova-iorquina, Mary Jacobs revoltou-se contra o espartilho de barbatana que não só a apertava como sobrava no vestido de noite que acabara de comprar. Com a ajuda de sua empregada, fez uma espécie de porta-seios tendo como material dois lenços, uma fita cor-de-rosa e um cordão. Depois de confeccionar cópias para as amigas, resolveu comercializar a invenção. Mais interessada no sucesso de sua criação nas festas do que nas lojas, acabou por vender a patente por 1550 dólares para a Warner Bros. Nos 30 anos seguintes, a empresa iria faturar 15 milhões de dólares com esta peça de roupa.
Há milênios as mulheres vinham procurando uma matéria-prima para confeccionar algo que desafiasse a lei da gravidade e sustentasse os seios. Referências revelam que em 2000 a.C., na Ilha de Creta, elas usavam tiras de pano para modelá-los. Mais tarde, as gregas passaram a enrolá-los para que não balançassem. Já as romanas adotaram uma faixa para diminuí-los. O espartilho surgiria na Renascença para encaixar a silhueta feminina no padrão estético imposto pela aristocracia. Por meio de cordões bem amarrados, ele apertava os seios a tal ponto que muitas desmaiavam. O sutiã apareceu para libertar a mulher daquela ditadura.
Na década de 1920, os sutiãs compunham o estilo dito "garçonne" e achatavam o busto. Nos anos 30, a silhueta feminina volta a ser valorizada. Surgem os bojos de enchimento e as estruturas de metal para aumentar os seios. Nos 50, com o advento do nylon, as peças ficam mais sedutoras e conquistam as estrelas de Hollywood. Nos 60, as feministas queimam em praça pública a peça que consideravam símbolo da opressão masculina.