quarta-feira, 27 de março de 2013

Ministro da Agricultura é cliente de abatedouro clandestino

Reportagem da revista Veja desta semana mostra ligação
de Antônio Andrade e matadouro na cidade mineira de Vazante,
a 350 quilômetros de Brasília

O odor de sangue apodrecido misturado com dejetos provoca náuseas. A cena é medieval. A foto que ilustra esta reportagem capta o final de mais um dia de trabalho no Matadouro do Rogério, em Vazante, cidade mineira que fica a apenas 350 quilômetros de Brasilia...
A membrana que envolve as vísceras será usada para fabricar sabão. As cabeças dos animais serão moídas e transformadas em ração. Os dejetos vão alimentar os cachorros e as galinhas que convivem no mesmo espaço -um galpão pestilento. No momento da fotografia, a carne já havia seguido para as prateleiras dos supermercados e açougues da região.
É repugnante imaginar que um terço da produção bovina consumida pelos brasileiros é oriunda de lugares assim. É mais repugnante ainda saber que isso acontece em tão larga escala por incompetência, inoperância e negligência dos órgãos de fiscalização.
Sem fiscalização, abate dos animais é feito com desrespeito total às mínimas
exigências sanitárias (Sergio Dutti)
O Matadouro do Rogério seria apenas mais um entre milhares de estabelecimentos iguais que funcionam país afora se não fosse
um detalhe: ele tem entre seus clientes ninguém menos que
o novo ministro da Agricultura.
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