sexta-feira, 8 de março de 2013

Neta faz reconstituição de como matou a avó


No dia 25 de fevereiro, pela manhã, foi encontrado o corpo de Dorvina Nogueira Pavione, de 63 anos, no loteamento de propriedade da família Nicolato, saída para Caratinga. Quem praticou o crime usava luvas, que foram encontradas no local, o que denota que o crime pode ter sido premeditado, degolou a vítima com um golpe na jugular. A intenção era não deixar rastros para identificação pela polícia.
De acordo com familiares da vítima, Dorvina não tinha hábitos  estranhos e vivia sozinha, só saindo acompanhada por familiares ou amigas, de casa para a igreja e vice-versa.
Suas jóias como cordão de ouro e brincos estavam com ela, o que não deve ter sido roubo o motivo do crime.
A polícia passou na investigar todos os detalhes que poderiam levar até o criminoso ou criminosa  pois havia vestígios de presença feminina na  realização do crime.
As primeiras suspeitas recaíram sobre o filho Carlos e a mulher dele, fato que foi comentado por eles mesmos à nossa reportagem. E, segundo ambos, eles foram chamados à Delegacia por várias vezes para esclarecimentos e quando foi  no início desta semana  a surpresa: a própria filha dele teria cometido o crime e já havia confessado ao delegado de Polícia de Ipanema, Dr. Nilson Belmiro.
Nesta sexta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, enquanto muitas comemoravam a data com muitos sorrisos, outras estavam lastimando a perda da irmã, da amiga Dorvina...









 Foi realizada reconstituição do crime com a presença da  assassina confessa  no local onde tudo aconteceu e o corpo foi encontrado.
 O perito criminal Dr. Gilson, o delegado Dr. Nilson Belmiro, e o advogado Dr. Jefferson acompanharam passo a passo os movimentos mostrados por Angellys quando matou a avó (uma mulher da comunidade se colocou no lugar de Dorvina).


Com a cobertura de redes nacionais de televisão e da imprensa em geral, inclusive a local, e contando com a participação da PM para manter o povo afastado do local, o delegado da PC acompanhou  Angellys Carla de Jesus Pavione, 18 anos, neta da vítima, que confessou o crime, na reconstituição do que aconteceu no dia do crime. 
 Angellys disse ao delegado duas situações que teriam motivado o crime, onde em uma delas, após o uso de crack e ainda sob o efeito da droga, foi até a casa da avó buscar dinheiro para comprar mais drogas. Com a recusa da avó, acabaram por discutir; e o outro seriam desavenças entre ambas e mágoas não resolvidas...
 A assassina confessa, então, convenceu Dorvina a sair de casa para conversar em um local onde os vizinhos não ouviriam a discussão e saíram  Logo depois, segundo disse, ela chamou a avó para ir a casa de uma amiga e a levou para o loteamento onde aconteceu o crime.
 A faca de cozinha que, ao que parece foi usada no crime, foi encontrada próximo ao local dias depois, e  possivelmente seria ela a faca usada pela jovem, pois foi reconhecida por parentes e pessoas próximas como sendo da vítima.
 Apesar de o Delegado de Ipanema afirmar que existe coerência entre os depoimentos prestados durante a confissão e a reconstituição realizada no local. A maioria dos vestígios coletados no local do crime também dão a a entender que o crime ocorreu conforme relato da jovem. Mas, segundo o delegado, mesmo assim não se pode afirmar que ela tenha cometido o crime sozinha. As investigações ainda continuam.
 Mesmo tendo confessado o crime e estar colaborando com as ações policiais, Angellys vai aguardar as conclusões do processo em liberdade, pois, segundo as leis brasileiras, mesmo tendo confessado o crime, ela não foi pega em flagrante e por isso a polícia não pode colocá-la atrás das grades.
 O Jornal DeBolso continuará acompanhando este caso...
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